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Paulo Lisboa - Arquiteto do residencial Romi56
Dois estilos de arquitetura. Duas épocas diferentes. Tudo no mesmo espaço. Para fazer o
elo de ligação de dois conceitos diversos e unir a arquitetura em uma só história, o arquiteto
Paulo Lisboa conectou o moderno ao contemporâneo ao planejar o residencial Romi56 para a
incorporadora e construtora Vivenda Lare. O partido do projeto surgiu da ideia de se fazer
a reconversão de uso do antigo prédio corporativo (o edifício Romi) e criar uma nova torre
que pudesse incorporar quatro apartamentos por andar. “Não é um projeto usual, é diferenciado,
pois procuramos deixar evidente o moderno e o contemporâneo. O volume novo do residencial e o
volume do edifício original estão conectados, mas a diferenciação das duas tipologias é
evidente no projeto. Com o novo layout, o edifício antigo é conectado por um volume que
está recuado, garantindo autonomia a cada um deles. Para fazermos isso, seguimos as Cartas
de Atenas e Veneza que estabelecem preceitos para esse tipo de intervenção”, explica Paulo Lisboa.
Para entendermos melhor essa história precisamos recuar um pouco no tempo. O antigo prédio dos
escritórios das Indústrias Romi, na capital paulista – o edifício Romi, protegido pelo patrimônio
histórico municipal desde 2004* - faz parte de um conjunto de um conjunto de edificações na Vila
Romana, que era composto por mais um galpão industrial e outras construções de menor significado.
Estes últimos foram demolidos para dar lugar ao novo edifício, totalmente integrado ao histórico
edifício, que foi sede da empresa visionária que lançou em 1956 o primeiro automóvel produzido
em série no Brasil, o Romi-Isetta.
O projeto do antigo edifício Romi é assinado pelo arquiteto Lúcio Grinover. O convite foi feito
por Carlos Chiti, diretor das Indústrias Romi. O empresário era admirador do estilo moderno de
arquitetura de Lúcio, que na década de 1960 era professor da FAU-USP e um dos mais influentes
profissionais de sua geração. Para o planejamento do edifício, Grinover contou com a parceria
de seus sócios na época, os arquitetos Hélio Duarte, Roberto Tibau e Marlene Picarelli. “Além
de ser a sede administrativa da Romi em São Paulo, o edifício também foi pensado para acomodar
cursos e conferências para os operários e técnicos da empresa. Foi por isso que todos os andares
do edifício foram planejados com lajes livres, sem divisões internas, para que houvessem espaços
adaptáveis a qualquer uso”, afirma o arquiteto Lúcio Grinover. Para ele, a simplicidade do
projeto e de sua construção garantiram sua originalidade.
*Resolução 26/CONPRESP/2004
Lúcio Grinover – Arquiteto
O projeto do antigo edifício Romi é assinado pelo arquiteto Lúcio Grinover. O convite foi
feito por Carlos Chiti, co-fundador das Indústrias Romi. O empresário era admirador do estilo
moderno de arquitetura de Lúcio, que na década de 1960 era professor da FAU-USP e um dos
mais influentes profissionais de sua geração. Para o planejamento do edifício, Grinover
contou com a parceria de seus sócios na época, os arquitetos Hélio Duarte, Roberto Tibau
e Marlene Picarelli. “Além de ser o escritório da Romi em São Paulo, o edifício
também foi pensado para acomodar cursos e conferências para os operários e técnicos da
empresa. Foi por isso que todos os andares do edifício foram planejados com lajes livres,
sem divisões internas, para que houvessem espaços adaptáveis a qualquer uso”, afirma o
arquiteto Lúcio Grinover. Para ele, a simplicidade do projeto e de sua construção garantiram
sua originalidade.
De acordo com a pesquisa da historiadora Heloísa Barbosa D’Alckmin Alves Ferreira, a
estrutura vertical de concreto armado é externa ao edifício, permitindo as mais variadas
configurações internas. Enquanto, a marquise de entrada seguiu o volume característico da
cobertura, elaborada em chapas de aço, referência intencional aos projetos de arquitetura
da época. “O andar térreo foi o único a receber uma caracterização diferente, talvez
porque além de ser o átrio principal, o espaço era usado como salão de exposição de
tornos, produto fabricado pela empresa”, diz a historiadora.
Fernando Lemos - Artista plástico
Artista consagrado
Com obras que fazem parte de importantes coleções públicas e privadas, o artista plástico
português – radicado no Brasil desde 1953 – Fernando Lemos é uma das figuras mais
importantes da história da arte brasileira do século 20. Ao longo de sua vida, se destacou
ao utilizar as mais diversas técnicas como suporte para suas criações. Sua produção inclui
fotografias, pinturas, gravuras, tapeçarias, murais, cerâmicas, ilustrações, projetos gráficos,
aquarelas e até estampas de tecidos, além de poemas. Sua biografia também é marcada por sua
trajetória como intelectual. Antes de chegar ao Brasil em 1953, atuava no movimento de
resistência à ditadura salazarista.
Lemos é reconhecido como um dos principais expoentes do surrealismo português. Com sua vinda
para o Brasil, passa a se dedicar ao desenho. Com essa técnica, ganha visibilidade no circuito
de arte ao ganhar o prêmio de melhor desenhista na 4ª Bienal Internacional de São Paulo, em
1957. Nos anos 1960, as formas abstratas, de sugestões orgânicas, se transferem para a pintura.
Nesse período, suas telas ganham formas recortadas e sinuosas, que muitas vezes se aproximam
de signos gráficos. Em outros trabalhos emprega a geometria de maneira expressiva. Paralelo
ao seu trabalho como artista, Fernando fez carreira como professor da FAU-USP, onde lecionou
Artes Gráficas. Entre 1968 e 1970, ocupou a presidência da ABDI (Associação Brasileira de
Desenho Industrial), da qual é membro fundador. Até hoje, aos 90 anos de idade, o artista
produz, diariamente, desenhos em técnica mista e escreve poesias. “Sempre escrevi. Começo
a escrever sem nenhuma intenção, deixo o inconsciente se manifestar. Sempre usei essa mesma
técnica no processo de pintar, desenhar e fotografar”, revela o artista. Fernando não gosta
de contextualizar sua obra. “Como artista me sinto integrado numa linguagem contemporânea”,
diz com o mesmo entusiasmo de um artista que começou ontem e tem a vida inteira pela frente.
O Legado das Indústrias Romi
Sempre à frente do tempo, as Indústrias Romi mantém o espírito de inovação desde a sua
criação em 1930 ao se destacar como uma das mais importantes empresas brasileiras do século 21.
A história das Indústrias Romi poderia ser resumida em uma única palavra: inovação. A
empresa sempre apostou em novas tecnologias, seja na fabricação de seus produtos e processos
industriais. Na atualidade, a empresa investe anualmente cerca de 4% de sua receita líquida
em pesquisa e desenvolvimento.
A empresa surgiu em 1930 como uma oficina de reparo de automóveis fundada por Américo Emílio
Romi, em Santa Bárbara d’Oeste (SP). Na década de 1950, a Romi direcionou sua vocação de
pioneirismo, para a fabricação do primeiro automóvel 100% nacional: o Romi-Isetta. Atualmente,
as Indústrias Romi alcançaram renome internacional, com produtos e serviços que são consumidos
no mercado nacional e exportados para diversos países ao redor do mundo. Seu portfólio de produtos –
máquinas-ferramenta, máquinas para processamento de plásticos e peças de ferro fundido –
são fornecidos para os mais variados setores, como aeronáutica, defesa, indústria automobilística,
máquinas e implementos agrícolas e bens de consumo em geral. Além de desenvolver a tecnologia
de seus produtos, a Romi investe em parcerias com o meio acadêmico e institutos de tecnologia,
além de manter contratos de colaboração com algumas empresas líderes globais em seus ramos
de atuação. Suas instalações fabris contam com 11 unidades, nove no Brasil e duas na Alemanha,
além de subsidiárias de comercialização e serviços localizadas nos Estados Unidos, Itália,
Alemanha, Inglaterra, Espanha, França e México.
Edifício Romi em São Paulo
Em meados da década de 1960, o empresário Carlos Chiti – Co-fundador das Indústrias Romi - pretendia
ter algo maior na capital paulista. A empresa já contava com uma sucursal no centro da cidade,
na rua Brigadeiro Tobias. O bairro escolhido para acolher o escritório da empresa foi a Lapa, que
na época, abrigava muitas indústrias. Para fazer o projeto, Chiti convidou os arquitetos Lúcio
Grinover e Hélio Duarte, dois dos mais renomados profissionais em atuação na área. O projeto do
edifício Romi – uma construção em estilo moderno com sete andares - foi concebido e aprovado em 1964
e suas obras foram iniciadas em 1965. A inauguração do edifício Romi aconteceu em 1966 e atualmente
é considerado patrimônio histórico da cidade por seu traçado de arquitetura modernista.
À frente de seu tempo, a Fundação Romi, sempre inovadora, investe em programas e ações de educação e cultura.
Há quase 60 anos a Fundação Romi trabalha em prol da comunidade da cidade de Santa Bárbara
d’Oeste e região, às vésperas de seu sexagésimo aniversário, ela se mantem rme no seu propósito
de pioneirismo com uma Educação inovadora e ações Culturais que bene ciam a comunidade regional.
Mantem, continuamente, acesa a chama de seus criadores, Américo Emílio Romi e Olímpia Gelli Romi,
que vislumbraram a transformação e o desenvolvimento social e humano através da Educação e da Cultura.
Em parcerias com o poder público, iniciativa privada, prêmios e editais, seus investimentos
diretos bene ciam as quatro áreas que a Fundação Romi opera. O CEDIN – Centro de Vivências
do Desenvolvimento Infantil, a escola de educação infantil, atende anualmente, em período integral,
120 crianças de 4 e 5 anos, inseridas no universo lúdico e criativo da educação. O NEI – Núcleo de
Educação Integrada, com seus 250 alunos, em período integral, diariamente são protagonistas do
seu conhecimento, com autonomia e liderança, num processo educacional totalmente inovador. O
CEDOC – Centro de Documentação Histórica, que guarda, preserva e dissemina a história local, além
de promover a educação patrimonial, anualmente, para mais de 8mil crianças e adolescentes do município.
E, por m, a Estação Cultural, antiga estação ferroviária de Santa Bárbara d’Oeste, revitalizada
e transformada num espaço cultural, preserva a história da ferrovia em seu memorial e arquitetura,
ao mesmo tempo em que, promove a diversidade de manifestações culturais e artísticas para mais de
13mil pessoas anuais.
Sempre à frente de seu tempo, mantém sua missão de promover o desenvolvimento social e humano
através da educação e cultura, base para a transformação social, daí vem a atenção à criança e ao
adolescente e a importância de trabalhar ações educacionais e culturais voltadas, sobretudo, para
público cerceado do acesso. O mundo se transforma a todo o momento e a Fundação Romi, ao longo de
seus 60 anos, se mantem atenta acompanhando essa evolução sem perder sua essência.